sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dados dos continentes

A ÁFRICA: A NOVA PÁTRIA DE CRISTO
 A Igreja Católica experimentou um crescimento espetacular na África. Vive um momento de especial importância, no qual está em jogo a autenticidade de seu seguimento evangélico e de seu serviço.
Dos 750 milhões de habitantes africanos, 123 milhões são católicos, número que supõe um crescimento espetacular, se comparar com o milhão que eram nos inícios do século 20, ou os 24 milhões de 1960. Desde esse ano ao ano de 2000, os cardeais passaram de 1 a 14, os bispos nativos, de 40 a 405, os sacerdotes, de 2 mil a 15.535. Os seminaristas maiores são quase 17 mil, e os catequistas, 343 mil.
A Bíblia foi traduzida para muitas línguas locais, foram formados milhares de líderes, foram abertas escolas, hospitais, centros de formação agrícola, organizaram-se estruturas paroquiais, diocesanas e internacionais.
A África – cujos habitantes se distinguem especialmente por seu amor à vida e por sua capacidade de desfrutá-la – é hoje como Israel que exige a libertação do Egito das guerras, das epidemias, do analfabetismo, da falta de respeito, dos direitos humanos, das multidões de refugiados; é como o cego Bartimeu que grita a Jesus percebendo-o passar. A Igreja Católica assumiu o grito pela vida, ao afirmar em sua mensagem sinodal: “Cristo, nossa Esperança, está vivo, e nós viveremos”.
 Alguns desafios são urgentes:
1. Anunciar a Palavra sem desânimo.
2. Constituir-se como família de Deus.
3. Construir-se como “família de Deus na África”, ou seja, inculturada.
4. Ao serviço de seu povo. A África, no entanto, precisa de nosso apoio para converter-se na nova pátria de Cristo. Nossa oração e contribuição econômica são vitais para se alcançar este objetivo.

Em síntese: 
Origem do nome: deriva do nome dos afros, povo praticamente desconhecido, usado desde o século 17 para designar todo o continente. 
Divisão Política: 53 países 
Área: 30.347.700 km²
População: 887.223.888 habitantes
Línguas: 2.011 (30% das línguas do mundo)
Expectativa de vida: 50,7 anos
Mortalidade Infantil: 98,6 de cada mil nascidos vivos
Sem água potável: 46,6%
Adultos alfabetizados: 57,9%
Produto Interno Bruto: 537,247 milhões de dólares
Renda per capita: 722 dólares
Envia: 2.585 missionários 
Recebe: 14.748 missionários 

A cor verde recorda a África, com suas florestas e tam­bém a esperança do crescimento da Fé cristã, graças também aos missionários que lá se encontram.

A AMÉRICA: ENTRE A CRISE E A ESPERANÇA
A América vive momentos de ardor missionário. Respondamos com gestos concretos à confiança depositada no “Continente da Esperança Missionária”.
A América, especialmente a América Latina, vive uma crise sócio-econômica muito grave, caracterizada por: dívida externa, pobreza, desemprego, desnutrição, mortalidade, falta de remédios, mendicância, delinqüência, migração... Ou seja, a maioria do povo vive em situação de miséria e exclusão. A fenda entre os poucos que têm muito e os muitos que têm pouco é cada vez mais acentuada.
Na América vivemos cerca de 780 milhões de pessoas, das quais aproximadamente 490 milhões são católicos (63%). A realidade estatística do nosso continente faz de nós a esperança da Igreja e do mundo, mas, como católicos, devemos ao mundo o anúncio de Jesus Cristo.
À luz de sua consciência missionária e pastoral, o que a Igreja da América Latina e do Caribe pode oferecer hoje à Missão, tanto no continente, como além de suas fronteiras? 
O documento de São Domingos sintetizou a responsabilidade evangelizadora e missionária a partir de campos de ação ou desafios: a Missão além-fronteiras, a revitalização dos fiéis que se afastaram, o diálogo com os outros cristãos e novos movimentos religiosos, a atenção para com os indiferentes e ateus.
Nossa missão deve ser, antes de tudo, uma missão de pobres para com pobres, na comunhão e na reciprocidade das Igrejas da América Latina e do Caribe, e dos Continentes Asiático e Africano, testemunhando e anunciando os valores do Evangelho, e, com eles, aprendendo fraternalmente. 

Em síntese:
Origem do nome: Começou-se a utilizar desde os inícios do século 16, em homenagem a Américo Vespúcio. Também é conhecida como o Novo Mundo.
Divisão Política: 36 países
Área: 42.043.369 km²
População: 885.958.483 habitantes
Línguas: inglês, francês, espanhol, português e linguas nativas (quíchua, aimará, guarani, caingangue, etc.)
Expectativa de vida: 79 anos no Canadá e 50 anos no Haiti
Mortalidade Infantil: 26 de cada mil nascidos vivos
Analfabetismo: não é mais calculado no Canadá e nos Estados Unidos e é de 54% no Haiti
Produto Interno Bruto: 10.423.370 milhões de dólares
Renda per capita: 13.240 dólares (29.080 nos Estados Unidos e 380 no Haiti; No Brasil, 4,802)
América do Norte envia 8.193 missionários e missionárias e recebe 1.645.
América do Sul envia 5.785 missionários e missionárias e recebe 12.011.
O Equador envia 65 missionários e missionárias e recebe 1.374.
O Brasil envia 1.844 missionários além-fronteiras.


A cor vermelha lembra as Américas, por causa da cor da pele dos primeiros habitantes, os índios, (“os peles-ver­melhas”, como foram chamados na América do Norte) e também o sangue dos mártires, derramado por estes povos na época da conquista destas terras pêlos euro­peus e nos nossos dias. Mártires de ontem e de hoje.

EUROPA: DE EVANGELIZADORA A EVANGELIZADA 
Há cada vez menos vocações na Europa, muitos seminários estão vazios, a mentalidade dos cristãos europeus está mudando vertiginosamente.
A Europa é um continente que tem raízes cristãs muito profundas, e de lá partiram milhares de missionários para o mundo todo. Era e, ainda é, um continente missionário. Muitos deles foram pioneiros em todos os continentes. Eles levaram o Evangelho à América, à África, Oceania e Ásia. Trabalharam arduamente para levar o Evangelho até os confins da terra.
No entanto, os missionários europeus são cada vez mais adultos e os jovens são poucos. Logo a Europa não poderá satisfazer nem as próprias necessidades pastorais. Na Itália e na Espanha há muitos sacerdotes africanos trabalhando como párocos.
Este continente sofre um processo de descristianização, é cada vez menos cristã, menos católica. 
Os jovens estão se perdendo em experiências distanciadas de Deus. O materialismo, as drogas e a indiferença os atingem. Os europeus tornaram-se pouco a pouco uma sociedade hedonista, consumista e altamente egoísta. Por outro lado, milhares de migrantes chegam em busca de trabalho. Também se acentuou o racismo.
A Europa está passando de evangelizadora a evangelizada. Logo necessitará de missionários para reevangelizar-se, especialmente os mais jovens. Ademais, prevê-se que deixará de ser a provedora de recursos econômicos para a execução de milhares de projetos de ajuda a outros continentes, especialmente a África e a América Latina.
A Europa necessitará em médio prazo da nossa cooperação missionária, da nossa oração e, sobretudo, dos nossos missionários.

Em síntese: 
Origem do nome: provém da raiz semítica ereb, que significa pôr-do-sol.
Divisão Política: 43 países 
Área: 10.530.750 km² 
População: 729.471.649 habitantes 
Línguas: 225 (3% das línguas do mundo). Os idiomas mais falados pertencem ao ramo latino (espanhol, italiano, francês e português), germânico (alemão, inglês e idiomas escandinavos) e eslavo (russo, búlgaro, servo-croata e ucraniano, entre outros). 
Expectativa de vida: 72,7 anos 
Mortalidade Infantil: 10 de cada mil nascidos vivos 
Analfabetismo: 1,3% 
Produto Interno Bruto: 9,5 trilhões de dólares 
Renda per capita12.813 dólares 
Envia: 66.776 missionários 
Recebe: 7.764 missionários

A cor branca representa a Europa, terra da raça branca. É também o continente que tem a presença do Papa, o grande mensageiro e missionário da paz.

A OCEANIA À NOSSA ESPERA
A Oceania tornou realidade o envio missionário, quando, apesar do escasso número de agentes de pastoral, enviam “além-fronteiras” muitos dos seus melhores evangelizadores.
A Oceania, com seus 30 milhões de habitantes (dos quais 8 milhões são católicos) enfrenta grandes dificuldades, pois as populações estão muito distantes umas das outras, razão pela qual complica-se a atividade evangelizadora da Igreja. A isso se soma a escassa presença de missionários. Sem dúvida, existe uma grande esperança: os cristãos atuais são muito comprometidos.
Os primeiros missionários católicos chegaram à Oceania em 1827, bem depois da chegada dos missionários protestantes, que chegaram em 1793. 
A Oceania espera nossa cooperação: É um continente que mal conhecemos, mas que está à espera de nossa presença missionária. Eles partilham com o mundo o que têm e esperam reciprocidade de nossa parte.

Em síntese: 
Origem do nome: Oceania deriva de oceano.
Divisão Política: 14 países
Área: 8.505.070 km²
População: 32.749.914 de habitantes
Línguas: na Austrália e Nova Zelândia (inglês), nos outros países, 1300 línguas nativas (19% das línguas do mundo).
Expectativa de vida: 75 anos na Austrália e 57 anos na Papua Nova Guiné
Mortalidade Infantil: 24 de cada mil nascidos vivos
Adultos alfabetizados: 96%
Produto Interno Bruto: 474.248 milhões de dólares
Renda per capita: 16.501 dólares
Envia: 1.255 missionários
Recebe: 1.647 missionários

A cor azul lembra a Oceania, continente formado por muitas ilhas e necessitado de missionários, mas que já envia seus missionários para outras ter­ras, inclusive para o Brasil. É também o continente da ecologia, ou seja, o que mais luta pela preserva­ção da natureza.

A ÁSIA: SUA EVANGELIZAÇÃO, DESAFIO DO 3º MILÊNIO
O continente asiático é o maior desafio que a Igreja tem adiante. A evangelização da Ásia não é de forma alguma algo fácil. Baste pensar um pouco nos números – que neste continente são sempre de grandes dimensões –, para descobrir a magnitude da Missão.
A Ásia significa, antes de tudo, inúmeras pessoas. Asiática é 60% da humanidade, quase a metade dela tem menos de 15 anos, e a imensa maioria vive em extrema pobreza. 
Desigualdades físicas e geográficas, variedade de raças e grupos étnicos, diversidade de línguas (só na China existem mais de 800), sistemas políticos e estruturas sociais. A Ásia é composta não só de países, mas de “diversos países, até, por assim dizer, de diversos mundos”.
Existem, portanto, muitas Ásias. Cada uma delas tem sua própria e forte riqueza espiritual. Porque a Ásia também significa religião. Nela surgiram, além do Cristianismo, as outras grandes religiões do mundo: Hinduísmo, Judaísmo, Islamismo... Além de muitas outras tradições religiosas como o Taoísmo, o Confucionismo, o Xintoísmo e inumeráveis crenças e visões de mundo indígenas.
Assim, na Ásia, vivem 85% de todos os não-cristãos do mundo, ao passo que os católicos – cerca de 100 milhões – são só 2,9% dos 3,7 milhões de asiáticos. Se levarmos em conta que mais da metade deles estão nas Filipinas, os católicos perfazem somente 1%. Nos demais países, os cristãos são pequeníssima minoria. Estes números mostram claramente a enorme tarefa que a Igreja per por diante.
Que caminhos abrir para a presença da Igreja no conjunto de culturas e povos da Ásia? 

Em síntese:
Origem do nome: provém da raiz semítica esch, que significa de “onde sai o Sol”, e que usavam os antigos gregos para designar as possessões que Creta possuía a leste do mar Egeu.
Divisão Política: 47 países
Área: 44.428.300 km²
População: 3.910.666.640 de habitantes
Línguas: mandarim, hindi, russo, árabe, bengali, japonês estão entre as 10 línguas mais faladas no mundo (2.165 línguas, 33% do total mundial).
Expectativa de vida: 80 anos no Japão e 58 em Bangladesh
Mortalidade Infantil: 57 de cada mil nascidos vivos
Analfabetismo: 24,9%
Produto Interno Bruto: 7,1 trilhões de dólares
Renda per capita: 2.039 dólares
Envia: 8.481 missionários
Recebe: 6.306 missionários.

A cor amarela representa a Ásia, continente da raça amarela, berço das antigas civilizações, cul­turas e religiões. Lá se encontra quase metade da população do planeta e a menor porcentagem de cristãos. Vivem os extremos da riqueza e da pobreza.


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